PERSPETIVAS DE CURTO-PRAZO MAIS NEGATIVAS
“A segunda vaga de Covid não é surpresa, especialmente se estamos no período de Outono-Inverno. Ainda assim, não se esperava que atingisse tal dimensão, excedendo largamente os casos reportados em março e abril. Agora, toda a gente espera o pior, com um novo confinamento, mesmo que não tão amplo como o anterior. Naturalmente, este cenário tem um impacto negativo nas expetativas dos operadores de mercado, especialmente no curto-prazo, com reflexos quer no mercado de venda quer no de arrendamento. As consultas por potenciais compradores caíram face a setembro, mostrando uma retração da procura potencial, o que deverá ter impacto nos negócios a curto-prazo”
“Apesar dos últimos dados darem conta de uma expansão de 13,3% da economia portuguesa no 3º trimestre, o cenário geral continua a ser de uma economia a desempenhar abaixo do pré-Covid. Infelizmente, as novas restrições impostas recentemente vão fazer a recuperação da economia retroceder e é provável que o PIB termine 2020 cerca de 8% abaixo dos níveis de 2019. Consequentemente o mercado de trabalho deverá manter-se sob pressão nos próximos meses e isto poderá acarretar consequências negativas para a confiança no mercado residencial”.